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Chuvas no RS podem impactar colheita e obrigar Brasil a importar arroz e feijão, diz Lula

O Estado do Rio Grande do Sul tem uma longa tradição como produtor de arroz, alcançando uma safra de mais de 7 milhões de toneladas em 2022, conforme dados do IBGE.

As recentes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul podem ter um impacto significativo na agricultura, potencialmente levando o Brasil a considerar a importação de arroz e feijão, confirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma entrevista nesta terça-feira (7).

“Com as chuvas, parece que a colheita no Rio Grande do Sul vai ficar ainda mais atrasada. Assim, se necessário para manter a produção equilibrada, teremos que trazer arroz e feijão de fora, para garantir que os brasileiros tenham acesso a esses alimentos a preços que condizem com sua renda”, declarou durante sua participação no programa “Bom dia, presidente”.

De acordo com o presidente, já havia discussões sobre os preços dos grãos no governo federal antes dos temporais que atingiram a região nos últimos dias.

“Tive uma reunião com o ministro Paulo Teixeira e o ministro [Carlos] Fávaro para discutir o preço do arroz e do feijão, pois estavam elevados e eu disse que não era justo manter esses valores altos”, relatou Lula.

Ele explicou que, até então, a justificativa era de que “a área de cultivo estava diminuindo e que havia o problema do atraso na colheita no Rio Grande do Sul”.

O estado é reconhecido historicamente por sua produção de arroz. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul liderou a produção nacional desse item em 2022, com uma colheita de 7.671.078 toneladas.

Desde o início da semana passada, as intensas chuvas atingiram 388 municípios gaúchos, conforme o último balanço divulgado pelo governo. Até o momento, foram registradas 90 mortes, além de 132 pessoas desaparecidas e 361 feridas.

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